"Cansados da eterna luta por abrir um caminho pela matéria bruta, escolhemos outro caminho e nos lançamos, apressados, aos braços do infinito. Mergulhamos em nós mesmos e criamos um novo mundo."- Henrik Steffens

domingo, 21 de novembro de 2010

Insônia

O sal da língua ainda é quente
O céu é  o mesmo de outrora
A ampulheta se inverteu
No peito há também vazio

A saudade do que virá
A nostalgia do que não foi
O perfume dos cabelos emaranhados
E a tristeza aguda

Pulsante o pulso
O corpo não
Apenas uma chama...

O pesar do maldito tempo sob os ombros
Uma brisa levíssima, um arrepio...
Nenhuma luz, nem café
Pó? Só dos sentimentos

4 comentários:

  1. Às vezes eu acho que são os pensamentos que controlam a ampulheta do tempo.

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  2. Ora! E quem controla pensamentos então?!

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  3. A imensa angústia inerente ao ser humano, amaldiçoado com a consciência de que existe e sofre. Talvez não pensar seja menos angustiante.

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  4. Dizia um dos heteronimos de Pessoa: "Pensar é estar doente dos olhos!" ...

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