Aquelas palavras, à ela, pareceram demasiadamente fortes e desnecessárias... Não pôde, negar-se essa interpretação, se sentia o fluir delas, era porque lá, dentro daquele coração, daquele escuro, daquela poeira, daquela ilha esquisita e cheia de vontades, existia um lugar que lhe pertencia...
As palavras pra terem adentrado, tiveram que ser escutadas pacientemente, não sem causar angustia, tiveram que ser degustadas amargamente, uma a uma...
O porquê se importava com aquilo? Já foi dito antes... até loucos cabiam ali, e, aquele afeto, abriu as portas, deu as boas-vindas à velhas novas...
Páginas
"Cansados da eterna luta por abrir um caminho pela matéria bruta, escolhemos outro caminho e nos lançamos, apressados, aos braços do infinito. Mergulhamos em nós mesmos e criamos um novo mundo."- Henrik Steffens
terça-feira, 28 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Verônica- II
Acontece que a solidão também assusta Verônica, que é dessas que anda por aí a armar-se de si mesmo, de erguer o queixo, e sentir o desmoronar de dentro.
Mas, aquela solidão, refletia a ausência dele... daqueles seus momentos... via-se a rolar pelos cantos, a roçar de leve os dedos por sua nuca... achava agora, na lembrança, as brigas tolas engraçadas.. isso não via antes!
A ausência tem dessas coisas, tornar aqueles momentos de reflexos extintivos, em lembranças bobas, em tarde de veraneios a dois. Como se pudesse, depois daquela partida, trazê-lo presente lá, naquela sala, naquele sofá...
Mas, aquela solidão, refletia a ausência dele... daqueles seus momentos... via-se a rolar pelos cantos, a roçar de leve os dedos por sua nuca... achava agora, na lembrança, as brigas tolas engraçadas.. isso não via antes!
A ausência tem dessas coisas, tornar aqueles momentos de reflexos extintivos, em lembranças bobas, em tarde de veraneios a dois. Como se pudesse, depois daquela partida, trazê-lo presente lá, naquela sala, naquele sofá...
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Verônica- I
Parou diante da porta, cismando...
Com o corpo aparado no vão e uma das mãos na cintura, olhou fixamente um ponto qualquer do quarto e sentiu invadir-lhe toda a sua solidão
Já não haviam dois suspiros pelos ares, nem nada em par
Era aquele primeiro algarismo, tão unico, tão só, tão primeiro, e não cogitava possibilidades...
Estava só, repetia-se... e no instante seguinte, também o estaria.
Com o corpo aparado no vão e uma das mãos na cintura, olhou fixamente um ponto qualquer do quarto e sentiu invadir-lhe toda a sua solidão
Já não haviam dois suspiros pelos ares, nem nada em par
Era aquele primeiro algarismo, tão unico, tão só, tão primeiro, e não cogitava possibilidades...
Estava só, repetia-se... e no instante seguinte, também o estaria.
Assinar:
Postagens (Atom)