"Cansados da eterna luta por abrir um caminho pela matéria bruta, escolhemos outro caminho e nos lançamos, apressados, aos braços do infinito. Mergulhamos em nós mesmos e criamos um novo mundo."- Henrik Steffens

domingo, 9 de janeiro de 2011

Soneto do fim



Não te preocupas meu bem
Cuidarei para que o mal não te aflija
Hei de velar-te de alguma forma
Da forma que eu puder

Não te preocupas pois
Independente do que aconteça
Ainda te guardarei as costas
Guardarei teus olhos para que não vejas o mal em tudo

Dar ei a ti sempre motivos
Para que se não puderes confiar no mundo
Possas confiar em apenas alguém

Dar-te-ei minha proteção na medida do que se pode
Pelo tempo que permitires, ou ainda meu bem
Enquanto a Era Glacial de tuas teorias não paralisar-me os músculos.

3 comentários:

  1. Li o poema todo me sentido o protetor e no final me vi na figura do protegido e, talvez, destruidor.
    Me pergunto até onde não produzo a dor onde quero produzir lucidez?

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  2. O fim nunca é bonito. Por mais que o fantasiemos doce,poético e suportável. Não passa de fantasia. Lindo texto. /Obrigada pela visita ao meu blog.

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  3. Respondendo a Franz:É também através da dor que o homem evolui! Inevitavelmente, faz parte de nós.. deixar dogmas, certezas, comodismo pelo desconforto do incerto traz certa dor, porém abre-se espaço para o novo...

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