Hoje trago meus humores, meus incêndios!
Meu corpo inflama a minha fé
E reflete minhas vigílias
Da retina à força
Do impulso à continência
Como se houvesse o que falta em mim
Hoje trago minha temperança afobada!
Meu tempo submisso
Um tempero a contragosto
E aquela lágrima serpeando um espaço
Procurando a luz dos meus olhos
E embaçando o que vejo
O dia tá cinza lá fora
A noite, agitada aqui dentro!